Biomassa

A energia da biomassa é obtida durante a transformação de produtos de origem animal e vegetal para a produção de energia calorífica e elétrica. Na transformação de resíduos orgânicos é possível obter bicombustíveis, como o biogás, o bioálcool e o biodiesel.

A formação de biomassa é realizada pelo processo denominado fotossíntese pelas plantas que, por sua vez, está acionando a cadeia biológica. Através da fotossíntese, plantas que contêm clorofila transformam o dióxido de carbono e a água mineral a partir de produtos sem valor energético, em materiais orgânicos com alto teor energético e, por sua vez, servem de alimento para os outros seres vivos. A biomassa através destes processos armazena a curto prazo a energia solar sob a forma de carbono. A energia armazenada no processo fotossintético pode ser posteriormente transformada em calor, eletricidade ou combustível a partir de plantas, liberando novamente o dióxido de carbono armazenado.

Os combustíveis mais usuais da biomassa são os resíduos agrícolas e resíduos de madeira, que são utilizados com o objetivo de produzir energia. O lixo municipal pode ser convertido em biogás para o transporte, indústrias e mesmo residências.

Esse tipo de produção de energia é muito defendida como uma alternativa importante global. Programas nacionais começaram a ser desenvolvidos visando o incremento da eficiência de sistemas para a combustão, gaseificação e pirólise da biomassa, sendo este um processo onde ocorre uma ruptura da estrutura molecular original de um determinado composto pela ação do calor em um ambiente com pouco ou nenhum oxigênio. Este sistema é bastante utilizado pela indústria petroquímica e na fabricação de fibra de carbono.

Atualmente o Brasil encontra-se em situação privilegiada no que se refere às suas fontes primárias de oferta de energia. Verifica-se que a maioria da energia consumida no país é proveniente de fontes renováveis de energia (hidroeletricidade, biomassa em forma de lenha e derivados da madeira, como serragem, carvão vegetal, derivados da cana-de-açúcar e outras mais).

Como o "apagão" tornou-se evidente a necessidade de mudanças nesse setor. Conseqüentemente e com o racionamento de energia, começaram as discussões sobre a matriz energética brasileira. A utilização de biomassa para produção de energia, tanto elétrica como em forma de vapor, em caldeiras ou fornos já é uma realidade no Brasil. O uso da madeira para a geração de energia apresenta algumas vantagens e desvantagens, quando relacionadas com combustíveis à base de petróleo.

Diante do cenário de crescimento da economia brasileira e do conseqüente aumento na demanda por energia elétrica no sistema interligado brasileiro, projetos estão sendo desenvolvidos para implantar centrais geradoras com potência de 30MW. Isso se deve pelo fato de que os resultados dos estudos da viabilidade técnica, econômica e ambiental em centrais com tal potência, consideram ainda o impacto da entrada de recursos provenientes da comercialização dos créditos de carbono e as vantagens ambientais advindas desses projetos.

O capim elefante, cujo nome científico, é “Pennisetum Pupureum” trata-se de uma gramínea semelhante à cana, trazida da África há pelo menos um século e usada em geral como alimento para o gado. Seu uso para produção de energia elétrica tem ganho real importância em virtude de sua alta produtividade, com cerca de 35 a 45 de biomassa seca, mais eficiente para a produção de energia. Para efeito de comparação, o eucalipto fornece apenas 7,5 toneladas por hectare ao ano, muito inferior ao capim elefante.