Governo de São Paulo quer 1 mil MW em biomassa no A-5

June 27, 2013 | Categoria: Energy

Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Planejamento e Expansão 

O governo de São Paulo projeta colocar 1 mil MW de capacidade instalada no leilão A-5, agendado para o dia 29 de agosto. De acordo com o secretário de Energia do Estado, José Aníbal, a meta é ter cadastrados 25 projetos no certame. Essa iniciativa é uma das que o governo pretende adotar para atender à lei que obriga o Estado a ter 69% da matriz energética originada de fontes renováveis até 2020.

Outra meta estabelecida no que está sendo chamado de Plano Paulista de Energia, que teve seu lançamento adiado, é de chegar nesse mesmo horizonte com um nível de emissões de gases de efeito estufa 20% menores que os indicadores de 2005. Ao mesmo tempo e na contramão a meta é reduzir a dependência do uso dos derivados de petróleo dos atuais 36% para 20%. De acordo com o político, a participação dos produtos originados da cana de açúcar saltarão de 38% para 46% em sete anos.

Para alcançar esse patamar, Aníbal disse que o governo vem tomando diversas medidas para viabilizar o plano. Entre elas está a redução da alíquota do ICMS para a produção de etanol para 12% ante a média nacional de 22%, incentivos fiscais ao etanolduto e mudanças na questão de impostos para a aquisição de máquinas e equipamentos no setor sucroalcooleiro.

Ele disse durante o Ethanol Summit 2013, realizado em São Paulo, que o setor estava desanimado, principalmente com os resultados pouco expressivos do ano de 2012. Um dos motivos era a baixa participação do setor na matriz energética nacional.Com a decisão do governo federal em retomar a contratação dessa energia, os investidores estão voltando ao cenário mais positivo. Contudo, diz que o setor possui obrigações de ser mais competitivo e confiável, lembrando da defasagem apresentada entre a garantia física das usinas e a energia efetivamente gerada.

"Esperamos que a partir do leilão, a cogeração volte a crescer", disse o secretário que acenou até mesmo com a possibilidade de as empresas de energia controladas pelo Estado, a Emae e até mesmo a Cesp estarem abertas a participar da expansão deste setor, reconhecendo porém, que para a primeira, esse viés é mais fácil e está autorizado do que no caso da segunda, que aliás, deverá sim participar da relicitação da usina de Três Irmãos (SP - 807,5 MW). Porém, é necessário que o governo primeiro, apresente a proposta de remuneração pelo período em que a empresa está operando a central.