CHP debate perspectivas para a habitação econômica

June 16, 2020 | Categoria: Engineering

Por Daniela Barbará

 

O desempenho do mercado, os desafios junto aos órgãos governamentais no período da pandemia e as possibilidades de retomada a curto e médio prazo foram os principais temas debatidos na live do Comitê de Habitação Popular (CHP) do SindusCon-SP e do Comitê de Habitação Econômica (CHE) do Secovi-SP realizada no dia 15 de junho. O facilitador do encontro foi Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP

Para o vice-presidente de Habitação do SindusCon-SP, Ronaldo Cury, resiliência é a palavra que define como o setor está passando pelo período de pandemia. “Conseguimos mostrar nossa importância aos demais setores e aos governos. Mantivemos nossas atividades funcionando com protocolos de segurança e tentando minimizar as perdas”, afirmou.

Segundo Petrucci, em relação ao orçamento total do FGTS no país, R$ 2,45 bilhões já foram executados, o que representa 27,18% do total. Em relação à carta de crédito individual, o total executado é de R$ 6,83 bilhões, ou 29%. Em relação ao apoio à produção, do orçamento total de R$ 29,46 bilhões do FGTS, 43,2% do total já foram utilizados

De acordo com os dados apresentados na reunião, em relação ao FGTS o nível de apreensão é grande porque a já foi registrada uma queda de arrecadação formada pelas contribuições de folha salarial mais o retorno das operações já realizadas. “Tínhamos um recolhimento de cerca de 10 bilhões de reais na folha salarial. Até abril, por força de carga horária ou demissões teve uma redução de quatro bilhões de reais em média. A expectativa é que em maio venha um decrescimento maior porque tem muitos recursos deixando de entrar”, afirmou o conselheiro Abelardo Campoy Diaz, advogado do conselho jurídico do Secovi-SP.

“Temos que chegar no final do ano apresentando um orçamento embora reduzido minimamente capaz de manter as nossas operações, sem risco de paralisação de obras e demissões no setor. Temos que nos unir nessa tarefa e transformar essa preocupação em ação”, afirmou Diaz.

Rodrigo Luna, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, destacou que apesar de não saberem os desdobramentos da pandemia, as empresas se adequaram da melhor forma possível e assim as atividades do setor imobiliários de baixa renda conseguiram funcionar razoavelmente bem, com vendas em torno de 60% do que estava projetado mesmo com a suspensão temporária de lançamentos e os limites para as vendas sem contato físico com o cliente. “Mantivemos as vendas de estoque somente”, afirmou Luna.