Aposta da AES Brasil será na complementaridade de fontes.

June 09, 2021 | Categoria: Energy

ROBSON RODRIGUES, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO

Para não depender tanto de uma base de hidrelétricas e também atender as metas ESG, a AES Brasil vai focar suas operações e crescimento em geração eólica e solar. Hoje a empresa tem 4,2 GW de capacidade instalada, sendo que 1,2 GW são projetos eólicos.

Até 2017, toda base de operação da empresa era em fontes hídricas. Desde então houve uma diversificação em fontes solar e eólica, atingindo mais de 1/3 do portfólio atualmente. Atenta à crise hídrica que abala o Brasil, a CEO da AES Brasil, Clarissa Sadock, diz que a companhia mira na complementaridade de fontes.

“Hoje estamos crescendo mais em eólica por uma questão de competitividade que estamos vendo na fonte, mas o objetivo é crescer em solar também, mas cada momento trará oportunidades”, disse a executiva durante o AES Brasil Day realizado nesta terça-feira, 08 de junho.

Isso porque o segmento solar sofreu com o câmbio e a variação dos preços dos metais. Segundo o diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da empresa, Bernardo Sacic, os painéis são importados e outros mercados, como Estados Unidos e China, demandaram muito a ponto de impactar o preço dos produtos.

“A gente tinha preços de painéis no início do ano passado por volta de 18 centavos de dólar e nesse ano tivemos preços que chegaram a 28 centavos de dólar e hoje se estabilizou por volta de 24 centavos”, afirma.