Preços da construção civil atingem maior índice desde junho de 2021

June 23, 2022 | Categoria: Engineering

Fonte: Site do TERRA

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou aumento de 2,17% no mês de maio, segundo https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/34029-precos-da-construcao-aceleram-para-2-17-em-maio divulgada pelo órgão em 9 de junho. É a maior taxa registrada desde junho de 2021. O acumulado do ano já está em 5,77% e nos últimos 12 meses, registra aumento de R$ 15,44%, índice um pouco maior que os 15% registrados nos 12 meses anteriores.

De acordo com o IBGE, de forma concreta, o custo nacional da construção, por metro quadrado, passou de R$ 1.567,79 em abril para R$ 1.601,76 no mês de maio, sendo R$ 962,98 relativos a materiais e R$ 638,78 relacionados à mão de obra. Outro índice, o do custo da construção (INCC-M), calculado pela https://portal.fgv.br/noticias/incc-m-maio-2022 (FGV), também apresentou alta no mês de maio e ficou em 1,49%. No ano, já acumula alta de 4,27% e 11,20% nos últimos 12 meses.

Diante desse cenário, quem precisa construir acaba focando na busca pela redução de custos, optando por métodos construtivos que, sem renunciar à segurança e qualidade, acabam ficando mais baratos. Um desses métodos é o que utiliza alvenaria estrutural no lugar de concreto armado. O engenheiro civil Mário José de Godoi informa que projetos de edifícios de até quatro pavimentos, construídos em alvenaria estrutural, alcançaram uma redução de até 32% do custo total da obra.

"O consumo menor de concreto, aço e madeira para as formas dos pilares e vigas, menor tempo de execução da obra devido a simultaneidade das etapas, reduzindo também o valor de mão de obra e encargos trabalhistas, geram grande economia no custo final da obra", relata.

Godoi explica que a diferença desse modelo para o concreto armado, também muito utilizado no Brasil. Neste caso, ele toma como exemplo a construção de um apartamento, em que as cargas que incluem o peso da própria estrutura, peso dos móveis e das pessoas são enviados primeiro à laje. A partir desta etapa, a carga é descarregada em vigas e estas descarregam nos pilares que levam até a fundação.

"Já na alvenaria estrutural, não existem vigas ou pilares. As próprias paredes recebem as cargas das lajes e levam as cargas até a fundação. Essas paredes podem ser construídas em blocos de cerâmica ou blocos de concreto e estes blocos são vazados e não possuem fundo", detalha o profissional, que atualmente é doutorando em Engenharia pela Universidade de Granada, na Espanha.

Planejamento - Segundo Mário José de Godoi, a alvenaria estrutural requer uma obra mais racionalizada e, por isso, ao optar pelo método, o construtor deverá planejar todas as etapas da construção para serem executadas corretamente. "Por exemplo, as instalações elétricas e hidráulicas precisam ser instaladas no mesmo tempo da construção da parede. Isto porque, depois de concluídas, as paredes não poderão mais ser cortadas ou quebradas para passagem de tubulações. Justamente por essa racionalização, a obra é mais limpa e se evita o desperdício", ressalta.