AVP-Luxolar apresenta seu sistema termofotovoltaico

July 26, 2013 | Categoria: Energy

Por Natália Bezutti

 A AVP-Luxolar, filial brasileira da fabricante italiana de módulos fotovoltaicos AV-Project, apresentou ao mercado brasileiro o sistema termofotovoltaico Janus, que integra o módulo fotovoltaico com um permutador de calor em alumínio. O equipamento foi desenvolvido para aumentar o rendimento dos módulos fotovoltaicos e, assim, incrementar a produção e o investimento, gerando, ao mesmo tempo, energia fotovoltaica e térmica.

O primeiro sistema da empresa foi instalado na primeira semana de julho deste ano, no Rio de Janeiro, com a potência de 4kWp. A AVP-Luxolar atuou como importadora e consultora no projeto, enquanto a instalação foi realizada pela empresa Eco-Sol.

Segundo a AVP, o projeto pode gerar uma economia de até R$300 na conta de energia elétrica, e pode ser disponibilizado para atendimento com alto rendimento em potência de até 100kWp.

“A partir de 100kWp, acredito que o fator econômico possa começar a ficar inviável. Mas o sistema pode atender hotel, hospitais, restaurantes, indústrias, e qualquer tipo de estabelecimento que precisa tanto de energia elétrica quanto térmica. O que importa é ter uma área ociosa onde tenha sol e onde você possa acomodar os módulos”, explicou o diretor geral e comercial da empresa no País, Jackson De Souza Chirollo.

Sem querer abrir muito os valores, o executivo confirma que por integrar duas tecnologias, e melhorar a produção de energia, dando um retorno mais abrangente para a instalação, o equipamento apresenta um custo maior de aquisição do que o sistema fotovoltaico tradicional. A estimativa feita por ele é de que a taxa de retorno financeira ocorra de cinco a, no máximo, sete anos, para um projeto como o já instalado no Rio de Janeiro, com condições ideais para instalação.

Perspectivas de mercado
Instalada desde março de 2012 no Brasil, a filial AVP-Luxolar atua principalmente com a importação dos equipamentos, como os módulos, componentes e outros kits complementares para instalação, representando cerca de 3% do mercado global da companhia italiana.

Chirollo aponta que o mercado brasileiro ainda está muito embrionário para a instalação de uma indústria local, por ainda não possui uma demanda clara para o estabelecimento, e a falta de incentivos governamentais e estaduais.

“No mercado brasileiro, nessa primeira fase, há problemas sérios. Existe uma norma, mas você se depara com 20 concessionárias diferentes, com formas diversas de pensar e de absorver a informação. Algumas exigem algo que ainda não é compulsório, como o certificado do inversor, pelo qual o Inmetro ainda não se manifestou, mas que a distribuidora exige quando é feito o pedido de conexão”, comentou o diretor.

O Chirollo também declarou outros fatores que fogem do ponto de vista técnico, como o prazo para conexão, que pode chegar a 180 dias, e a falta de uma linha de crédito específico para o financiamento.

“Com todas essas incertezas, o mercado se torna um puro nicho, destinado ou para o visionário ou para a alta classe econômica - que não se importa pelo investimento, vendo retorno a longo prazo e pela escolha de energia limpa. Esperamos que até o começo do de 2014 isso mude”.