Nível de Atividades: Ocupação na construção supera o nível pré-pandemia

July 19, 2022 | Categoria: Engineering

Por Redação SindusCon-SP

No primeiro trimestre do ano, de acordo com a PNADC (IBGE), a construção foi responsável pela geração de 815,3 mil novas ocupações no país, o que representou 9,9% do total gerado no país por todas as atividades. Dessa forma, o número de ocupados na construção alcançou 7,2 milhões de pessoas, superando o nível pré-pandemia – no primeiro trimestre de 2019, o número de ocupados na construção era de 6,7 milhões de pessoas. 

O aumento da atividade setorial está sendo percebido em todos os segmentos, sendo que o segmento de Serviços Especializados se destacou com um crescimento da ocupação de 17,9% na comparação do primeiro trimestre de 2022 com igual período de 2021. A Infraestrutura veio em seguida com alta de 13,7% e, por fim, em Edificações houve aumento de 10,7% na mesma comparação. Em números absolutos, o segmento de Edificações foi o que gerou mais postos, respondendo por 57% do saldo do trimestre. 

É importante destacar também que o aumento da ocupação ocorreu em todas as posições, mas a maior elevação deu-se entre os trabalhadores sem carteira, que representam 21% do estoque: houve aumento de 15% na comparação com o primeiro trimestre de 2021. O número de assalariados com carteira cresceu 13% e o de autônomos (conta-própria), 10%. 

O expressivo crescimento dos ocupados tem alavancado a massa salarial do setor, que na comparação do primeiro trimestre de 2022 com o ano passado registrou crescimento de 18,8%. 

Ainda de acordo com a PNADC (IBGE), o número de ocupados no setor continuou evoluindo de forma favorável no trimestre encerrado em maio: houve a criação de pouco mais de um milhão de ocupações, o que representou 10% do total registrado no país por todas as atividades. 

Vale notar que o número de ocupados no setor representava 7,6% do total do país neste trimestre, isso significa que a construção está gerando novos postos de trabalho em ritmo acima de sua participação na economia, confirmando uma dinâmica positiva também registrada por outros indicadores setoriais. 

Os números do Caged também confirmam os efeitos do crescimento setorial sobre o emprego formal. Vale ressaltar que as duas pesquisas – Caged e PNADC – possuem metodologias distintas. De todo modo, o resultado também é de crescimento: o estoque de trabalhadores com carteira que alcançou 2,5 milhões em maio, superando em 10,4% o total registrado em maio de 2021. 

Por segmento, o melhor desempenho foi de Serviços Especializados, com alta de 14,5% no ano até maio, na comparação com o mesmo período de 2021, seguido por Edificações com 12,5% e, por fim, a Infraestrutura com 2,5% 

Enfim, o setor da construção tem efetivamente contribuído para a melhora do emprego no país. O desempenho reflete o ciclo de negócios do mercado imobiliário dos dois últimos anos, assim como o aumento dos investimentos do ano eleitoral. 

A Sondagem da Construção do FGV/Ibre de junho aponta que um percentual expressivo dos empresários do setor pretende contratar nos próximos meses, o que deve assegurar os saldos líquidos positivos. 

O longo ciclo de produção deve sustentar por algum tempo essa dinâmica positiva, mas sua sustentação dependerá do ritmo dos novos negócios em um cenário agora mais adverso.