Petrobras abre possibilidade de fornecer gás a térmicas de São Paulo

August 01, 2013 | Categoria: Energy

Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Planejamento e Expansão 

O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Anibal, está otimista quanto à obtenção de garantias de gás por parte da Petrobras para duas termelétricas que estão esperando a dois anos para serem tiradas do papel. A possível solução foi desenhada em uma reunião com a presidente da estatal federal, Maria das Graças Foster, que indicou a perspectiva de que a empresa poderá conseguir já para o ano que vem o licenciamento prévio para uma nova planta de regaseificação de GNL. "Ainda não está fechado, mas esta pode ser uma possibilidade", disse.

De acordo com Aníbal, que participou do Fórum Cogen/CanalEnergia: Geração Distribuída e Cogeração de Energia, realizado em São Paulo, com o documento em mãos a petrolífera poderia entregar a carta de garantia de fornecimento do combustivel que viabilizaria as usinas de Canas (500 MW), da AES Tietê, no Vale do Paraíba, e da Duke Energy, no município de Pederneiras (SP).

Segundo Anibal, a Petrobras reconhece que há um problema quanto ao fornecimento do gás para essas térmicas. Ele lembrou que a usina no Vale do Paraíba até conseguiu a carta exigida pela Agência Nacional de Energia Elétrica para a habilitação da usina a um certame anterior, mas que o preço ofertado não tornava viável esse empreendimento.

Quanto ao plano estratégico de cogeração o executivo afirmou que o plano está sendo delineado para indicar o que o estado de São Paulo pode oferecer e induzir aos investidores. "Dificilmente vai-se fugir de cogeração, por exemplo, em uma situação como a do principal patrocinador deste evento que precisa de 24 MW de energia. A Eletropaulo não tem esse volume. Isso é natural, nos Estados Unidos, se faz no mundo todo se faz isso. Estamoss focando em gás e outras fontes e se tem a segurança energética", avaliou Aníbal.

Segundo Aníbal, a postergação do cadastramento para a biomassa no A-5, promovida pelo governo federal no mês passado levou à participação de 1.500 MW de capacidade da fonte no certame que está marcado para o dia 29 de agosto. Com isso, disse o secretário, a situação pode mudar, "o governo dá sinais de que precisamos de leilão por fontes, Estimula cada vez mais a cogeração por bagaço de cana, fonte que o estado possui grandes projetos e capacidade, além de estar no centro da carga".