Baixa produtividade reduz margens na construção civil, diz consultoria
June 17, 2014 | Categoria: Engineering
Da Redação, original Folha de S. Paulo.
Apesar de registrarem crescimento na receita líquida de 50% entre 2007 e 2011, construtoras e incorporadoras no país tiveram alta nos custos de até 60% no período, segundo estudo da EY (antiga Ernst & Young).
 
 No intervalo, o Ebitda das empresas (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) passou de 21% em 2007 para 16% em 2011.
 
 O volume de lançamentos por metro quadrado evoluiu somente 24% em cinco anos.
 O aumento da produtividade é apontado como chave para recuperar as margens das companhias, diz a pesquisa, feita em parceria com a Escola Politécnica da USP. 
 
 "Impulsionadas pela alta do preço dos imóveis no período, as empresas passaram a adotar ações pontuais, para priorizar o cumprimento de prazos de obras, e deixaram de se voltar para métricas de produtividade", afirma Flávio Barreiros, sócio da consultoria.
 
 "Se houver sincronia entre os projetos, é possível identificar padrões e saber se a obra está sendo menos produtiva e se vai custar mais caro."
 
 Quando questionadas sobre a utilização de indicadores de produtividade, 41% das empresas disseram que não o fazem de forma sistêmica.
 
 A escassez na oferta de mão de obra e de insumos de construção também contribuíram para estreitar os ganhos do setor, segundo Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP (entidade que representa a indústria).
 
 "Como o setor ficou cerca de 20 anos estagnado, a mão de obra se acomodou e migrou para outras áreas."
 
 O estudo ouviu 74 executivos de oito empresas de capital aberto do setor no país.
